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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CRISE E REAÇÕES

O consumo via expansão do crédito tem sido o grande sustentáculo do incremento e consolidação do capitalismo global, principalmente nos ultimos dez anos. Coube a nova ordem financeira mundial, capitaneada pelos USA e ao sincronismo dos mercados financeiros lastreados nos doláres que inundaram as bolsas com as expectativas crescentes dos derivativos, inflar cada vez mais a avassaladora demanda por mais crédito e mais expansão da base monetária nas economias ricas e nas emegentes. Inicialmente instalou-se uma perigosa desconfiança no sistema financeiro americano que abalou os pilares das tradicionais instituições bancárias americanas, o que, logo no início do que seria um grande incêndio, levou o FED (Banco Central Americano) a intervir com fortes medidas clássicas de política monetária objetivando garantir a liquidez do sistema e consequentemente impedir o indesejável desmoronamento do edifício capitalista.

O mundo ainda deverá sentir os efeitos dos esforços do colossal endividamento do tesouro americano via concessão de generosos financiamentos para socorro da liquidez dos seus principais bancos. Claro que isso de imediato cumpriu seus objetivos, todavia haverá um preço a ser cobrado da sociedade e o nível de confiança no sistema prosseguirá abalado. O dinamismo econômico que se desenha de forma tímida no pós-crise vai se confrontar com uma sociedade cada vez mais inadiplente e, talvez, comedida para o consumo que, certamente não será retomado nos patamares pré-crise.

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