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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Uma contradição do nosso crescimento

O que fazer com o evidente crescimento econômico que o Brasil projeta e que vem se confirmando. Expectativas de taxas de crescimento oscilantes entre 7,5 a 9,5 %. Um crescimento fortemente impulsionado pelo consumo das famílias, densamente ancorado na expansiva oferta de crédito, um crédito caro financiado por juros extorsivos, absurdos, aviltantes, cujo um dos objetivos é o de desestimular a expansão desse consumo que, segundo uma corrente dos economistas, pode desencadear um novo e nocivo ciclo inflacionário.

Parece um tanto quanto contraditório - crescer e não poder crescer e não poder viabilizar tal crescimento pela via do consumo que estimula a produção e a geração de emprego e renda. O que ocorre? Onde está a verdadeira raiz do problema? Estaria, por acaso numa demanda historicamente reprimida e agora estimulada por uma bolha de crédito farto, caro e inadimplente, ou no próprio modelo de consumo e produção global. Onde estaria?