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domingo, 6 de setembro de 2009

Com o pré-sal, passa a Petrobrás a escrever um provocante capítulo da sua história. De fato, caso as coisas aconteçam dentro do que se promete, superando-se os desafios tecnológicos e competitivos que lhe aguardam nessa empreitada, além de contornar os conflitos políticos internos que se desenham nas disputas pela distribuição dos dividendos gerados pela esperada riqueza das suas novas reservas. Caberá também a essa gigante, voltar seus olhos para o esgotamento de um modelo de produção insustentável, ancorado numa matriz energética incompatível com a continuidade das espécies vivas.

3 comentários:

Unknown disse...

Pois é pai... num momento em que todo mundo tenta entender o que é o Desenvolvimento Sustentável, começa uma "corrida maluca" entre Câmara e Senado Nacional para aprovarem projetos que nem de soslaio velam pela sustentabilidade do planeta. Onde estão os estudos de impacto ambiental para extração de petróleo no pré-sal? Acho que tem homens querendo ser deuses e ganhar muito com isso... se ao menos essa faixa de petróleo no pré-sal tivesse ao menos sido descoberta aqui na frente do nosso nordeste tão rico, mas tão explorado, tão subnutrido, tão analfabeto, tão seco e tão e tão... Mas os dividendos já enchem os olhos e movimentam estruturas e não são olhos nem estruturas nordestinas...E como diria João Cabral de Melo Neto...
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.

E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
...

Beijo pai!

Unknown disse...

Paulo,

Infelizmente é dificil fazer uma pessoa acreditar numa teoria, cujo seus ganhos dependem exatamente do inverso dela. A Mudança é o fator primordial para o conflito. Existe toda uma cadeia de nogócios ligada ao Petróleo e para mudar esses processos, acredito que será necessário mudar os comandantes do sitema, ou seja, só devemos votar em candidatos que nunca se elegeram em nada na vida, afinal de contas, a experiência dos políticos que aí estão não está nos servindo de muita coisa.

Unknown disse...

É brincadeira!

Fiquei sabendo agora que o governo está estudando a liberação do uso do diesel para os veículos de passeio. Isso tá me cheirando a campanha eleitoral.