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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

DILMA E A SELIC


BRASÍLIA - O Palácio do Planalto agiu diretamente para o Copom reduzir a Taxa Selic a 12% ao ano. Segundo interlocutores, a presidente Dilma Rousseff foi alertada de que não seria uma decisão unânime. Mas deixou claro sua posição favorável a uma redução imediata dos juros. A postura do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi elogiada.
Como antecipou O GLOBO na sexta-feira, o Planalto havia feito pressão interna pela redução dos juros. Internamente, a avaliação era de que o BC deveria ser ousado neste momento de cenário de recessão mundial. O movimento já era apoiado pelas principais autoridades da área econômica e por economistas com influência no Planalto, mas surpreendeu o mercado.
O aumento do superávit primário em R$ 10 bilhões era visto por ministros como forma explícita de pressão para a redução imediata dos juros. Na viagem que fez a Pernambuco terça-feira, Dilma confidenciou que o Brasil não poderia repetir o erro de 2008, quando o BC demorou três reuniões para baixar a Selic.

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